“Pátria, mãe gentil...”
Em época de confraternização do “Dia das Mães” é
essencial reconhecermos o lugar imenso que elas ocupam em nós, cultura e vida
em sociedade. O desenvolvimento, principalmente no início da vida, depende de
um suprimento ambiental satisfatório. Destaco-as como facilitadoras dos
potenciais individuais ao crescimento, também os pais e a família. É fina e
constante a adaptação às necessidades de gratificação/frustração que instauram
reconhecimento gradual dos limites de realidade. Igualdades, semelhanças e as
fundamentais diferenças.
Vemos avalanche de “enfermidade” no cenário político
e econômico. Devemos ter senso agudo de responsabilidade com ideais coletivos,
pois, impossível fugir da regra: o lar é nosso ponto de partida. Temos
consciência do seu valor em contraposição às consequências de um lar ruim.
Infelizmente, também a miserabilidade de um mau governo e suas cicatrizes. Favorecer
e privilegiar “filhos desfavorecidos” em detrimento de outros com maior
capacidade e recursos é estabelecer a rivalidade destrutiva e não oportunizar o
desabrochar do potencial de cada indivíduo. Eis a chave para entendermos acirramentos
de ânimos...
Defendo que o cenário caótico é decorrência do
fracasso das pessoas e da sociedade saudáveis em dar suporte aos seus membros
doentes. A saúde social depende da saúde individual. Portanto, acredito que
somente podemos avançar se cuidarmos de nossos enfermos. Começamos a
concretizar a esperança de cadeia aos do colarinho branco, restabelecendo
modelo de autoridade e de consequência. Finalmente, eis o tão desejado viés da
impunidade e referencia de vida aos que estão em desenvolvimento. Afinal, a
estrutura da sociedade reflete a natureza do indivíduo e da família.
Eliane Pereira Lima
Psicóloga e Psicanalista
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