sexta-feira, 6 de maio de 2016

“Pátria, mãe gentil...”

“Pátria, mãe gentil...”

Em época de confraternização do “Dia das Mães” é essencial reconhecermos o lugar imenso que elas ocupam em nós, cultura e vida em sociedade. O desenvolvimento, principalmente no início da vida, depende de um suprimento ambiental satisfatório. Destaco-as como facilitadoras dos potenciais individuais ao crescimento, também os pais e a família. É fina e constante a adaptação às necessidades de gratificação/frustração que instauram reconhecimento gradual dos limites de realidade. Igualdades, semelhanças e as fundamentais diferenças.

Vemos avalanche de “enfermidade” no cenário político e econômico. Devemos ter senso agudo de responsabilidade com ideais coletivos, pois, impossível fugir da regra: o lar é nosso ponto de partida. Temos consciência do seu valor em contraposição às consequências de um lar ruim. Infelizmente, também a miserabilidade de um mau governo e suas cicatrizes. Favorecer e privilegiar “filhos desfavorecidos” em detrimento de outros com maior capacidade e recursos é estabelecer a rivalidade destrutiva e não oportunizar o desabrochar do potencial de cada indivíduo. Eis a chave para entendermos acirramentos de ânimos...

Defendo que o cenário caótico é decorrência do fracasso das pessoas e da sociedade saudáveis em dar suporte aos seus membros doentes. A saúde social depende da saúde individual. Portanto, acredito que somente podemos avançar se cuidarmos de nossos enfermos. Começamos a concretizar a esperança de cadeia aos do colarinho branco, restabelecendo modelo de autoridade e de consequência. Finalmente, eis o tão desejado viés da impunidade e referencia de vida aos que estão em desenvolvimento. Afinal, a estrutura da sociedade reflete a natureza do indivíduo e da família.

Eliane Pereira Lima
Psicóloga e Psicanalista

CRP 06/43457


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