quarta-feira, 11 de maio de 2016

Coração de Mãe

"Coração de Mãe"


Prescrevo sem restrição: "Mãe suficientemente boa" a todo ser humano. É vacina? É remédio? Psiquicamente é essencial à saúde física e emocional. Aliás, não somente à saúde individual, sobretudo, é fundamental à saúde social.
Vemos numa família - também na sociedade atual - o quanto uma mãe que não favorece o desenvolvimento do potencial individual de cada filho e uso pleno de seus recursos, estimulando uma rivalidade saudável e cooperação fraterna e amorosa é danosa às relações humanas e sociais. Instigar protecionismos e privilégios em detrimento da negação de diferenças das individualidades e potencialidades suscita ódio e hostilidade entre grupos, não somente entre filhos, mas gera conflitos e radicalismos.
Desejo que no "Dia das Mães" todos reflitam e tenham consciência da importância da maternidade e maternagem, que verdadeiramente favoreçam nos desaniversários do dia-a-dia e em todos os contextos de relações este papel e função fundantes e estruturantes.
Veiculado no Jornal Todo Dia, Americana-Sp, no Domingo, 08/05/2015 disponível em http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2016/05/opiniao/a_sua_opiniao/109700-coracao-de-mae.php

sexta-feira, 6 de maio de 2016

“De coração de mulher para coração de mãe”

“De coração de mulher

para coração de mãe”


Eliane Pereira Lima
Especialista em Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho
CRP 06/43457


Prescrevo sem restrição: “Mãe suficientemente boa” a todo ser humano. É vacina? É remédio? Psiquicamente é essencial à saúde física e emocional. Aliás, não somente à saúde individual, sobretudo, é fundamental à saúde social.

Vemos numa família - também na sociedade atual - o quanto uma mãe que não favorece o desenvolvimento do potencial individual de cada filho e uso pleno de seus recursos, estimulando uma rivalidade saudável e cooperação fraterna e amorosa é danosa às relações humanas e sociais. Instigar protecionismos e privilégios em detrimento da negação de diferenças das individualidades e potencialidades suscita ódio e hostilidade entre grupos, não somente entre filhos, mas gera conflitos e radicalismos.

Desejo que no “Dia das Mães” todos reflitam e tenham consciência da importância da maternidade e maternagem, que verdadeiramente favoreçam nos desaniversários do dia-a-dia e em todos os contextos de relações este papel e função fundantes e estruturantes. Também, priorizem o valor de um lar e vida em família. Não abordo aqui somente as mulheres que são biologicamente mães, mas aquelas que o são pelo coração (adotivas), as que intensamente desde meninas o sonham em vir a ser, sobretudo, aquelas que “são mães” de outra forma que não passa por ter filhos biológicos ou do coração. Aliás, espero que a função materna que é nutriz e provedora de humor, alicerce os novos tempos de vida em nossa Pátria, sobretudo, bem casada com a função paterna que faz o corte e interdita construtivamente agressivizando e estabelecendo limites de realidade. Finalmente, que haja governança e autoridade!!!









“Pátria, mãe gentil...”

“Pátria, mãe gentil...”

Em época de confraternização do “Dia das Mães” é essencial reconhecermos o lugar imenso que elas ocupam em nós, cultura e vida em sociedade. O desenvolvimento, principalmente no início da vida, depende de um suprimento ambiental satisfatório. Destaco-as como facilitadoras dos potenciais individuais ao crescimento, também os pais e a família. É fina e constante a adaptação às necessidades de gratificação/frustração que instauram reconhecimento gradual dos limites de realidade. Igualdades, semelhanças e as fundamentais diferenças.

Vemos avalanche de “enfermidade” no cenário político e econômico. Devemos ter senso agudo de responsabilidade com ideais coletivos, pois, impossível fugir da regra: o lar é nosso ponto de partida. Temos consciência do seu valor em contraposição às consequências de um lar ruim. Infelizmente, também a miserabilidade de um mau governo e suas cicatrizes. Favorecer e privilegiar “filhos desfavorecidos” em detrimento de outros com maior capacidade e recursos é estabelecer a rivalidade destrutiva e não oportunizar o desabrochar do potencial de cada indivíduo. Eis a chave para entendermos acirramentos de ânimos...

Defendo que o cenário caótico é decorrência do fracasso das pessoas e da sociedade saudáveis em dar suporte aos seus membros doentes. A saúde social depende da saúde individual. Portanto, acredito que somente podemos avançar se cuidarmos de nossos enfermos. Começamos a concretizar a esperança de cadeia aos do colarinho branco, restabelecendo modelo de autoridade e de consequência. Finalmente, eis o tão desejado viés da impunidade e referencia de vida aos que estão em desenvolvimento. Afinal, a estrutura da sociedade reflete a natureza do indivíduo e da família.

Eliane Pereira Lima
Psicóloga e Psicanalista

CRP 06/43457


"Amor: Mãe, doce remédio!"

“Amor: Mãe, doce remédio!”


Há algum tempo alguém me questionou sobre o que promove saúde mental e na época do “dia das Mães” eu não poderia deixar de falar de função tão essencial. Na verdade, como fundante do psiquismo humano, jamais poderia deixar de através deste artigo homenagear minha mãe e todas as preciosas mães de nossa comunidade.
A sabedoria popular já instituiu a máxima: “O amor constrói”. Com certeza, este saber é confirmado quotidianamente, porém onde estão seus alicerces? O único momento da vida em que o ser humano necessita de amor incondicional é o amor de mãe! Explico. O bebê necessita que não o privemos da sutil ilusão de ser ele o centro do universo: “sua majestade, o bebê”. Nos primórdios da vida, formam-se os alicerces da saúde física e mental.
O bebê, ao nascer, depara-se com três grandes desafios e tarefas integrativas ao psiquismo: continuar descobrindo ele mesmo, o mundo e as pessoas. O período entre a concepção, o nascimento e os três primeiros anos de vida são críticos para o desenvolvimento físico, emocional e mental dos seres humanos. Felizmente, em nossa sociedade, há maior consciência da importância da maternagem adequada, inclusive reconhecido direito trabalhista de dedicação exclusiva da mulher operária ao recém-nascido. Este requer a presença física de sua mãe, mas essencialmente necessita de sua real presença afetiva, que esteja totalmente disponível para acolhê-lo e tranquilizá-lo em seus primeiros meses de vida.
O bebê recém-nascido necessita que aqui fora ofereçamos a ele um ambiente similar a um “útero artificial”, onde prevaleça a tranquilidade, segurança, poucos estímulos externos e fundamental aconchego e carinho. Requer ambiente de intimidade afetiva nos momentos de amamentação, quando recebe não somente o alimento que sacia sua fome, mas também é alimentado afetivamente por sua mãe através do aconchego em seu colo, do toque do olhar, da suavidade de suas mãos, do acalanto tranquilizador, enfim de toda atenção que o investe de humanidade. Todo e qualquer cuidado ao bebê é muito mais do que uma tarefa prática, é antes de tudo o alicerce afetivo da boa auto-estima.
Resumindo, a mãe nutre seu bebê com o “leite materno ou não” e também com gotículas de amor incondicional, cabendo ao pai do bebê inicialmente favorecer e proteger este vínculo dual. Toda família deve se mobilizar no auxílio e cuidado ao novo membro, colaborando em atividades domésticas e isentando a nova mãe de sobrecarga física e emocional, pois ela também precisa de colo. È nosso dever social propiciar a cada nova mãe condições concretas e respaldo afetivo para que ela empreenda a delicada tarefa de estar em sintonia fina com as necessidades físicas e emocionais de seu bebê.
Gradualmente o bebê irá se desenvolvendo e gradativamente a maternagem suficientemente adequada o auxiliará no doloroso e inevitável processo de abandono da ilusão inicial de ser ele o umbigo do mundo, porém isto leva tempo...
Recomendo às futuras mães, pais e famílias que acionem serviços especializados de orientação e tranquilização quando houverem dúvidas em cuidados aos bebês e crianças pequenas, considerando a excelente contribuição dos atuais grupos de orientação ás gestantes, pediatras, , psicanalistas de crianças, psicólogos infantis, psiquiatras infantis, etc.  Desde pequena, a criança quando ajudada, pode aprender a lidar razoavelmente bem com as suas circunstâncias e se desenvolver bem, sem precisar estabelecer sintomas como meio de expressão de suas dificuldades.
Receber o bebê com amor e carinho é a melhor maneira de lhe dar boas-vindas ao mundo. Afinal, saúde mental se constrói através de sólidos laços de ternura e mãe suficientemente boa é verdadeiramente um santo remédio!
Eliane Pereira Lima
Psicóloga
CRP 06/43457

Veiculado em: Sexta-feira, 10 de maio de 2002, Jornal Todo Dia, Americana-SP.