Feliz Dia dos Namorados!
“Foi assim como ver o mar a primeira vez que meus olhos se viram
no seu olhar...” (Roupa Nova)
Olhos nos olhos... Almas
desnudadas... Escravo do seu amor e livre pra amar. Assim é que canta a música.
Delata como “escolhemos” o parceiro. Que risco!!! Não são, de fato, relações de
“livre escolha” pela dimensão inconsciente que nos habita; e, nem
necessariamente simétricas, pois as partes têm diferentes recursos (emocionais,
estéticos, éticos, intelectuais, financeiros) e investimentos em si, no outro e
na relação.
Sabia que é nossa estrutura
psíquica que determinará nossas escolhas amorosas? Há importância do fator
sociocultural na estruturação psíquica, ao lado dos fatores constitucionais
(hereditários e congênitos), do meio ambiente (basicamente nos cinco primeiros
anos de vida), e dos acontecimentos atuais. Amor e ódio amalgamados entram em
cena. Podemos “optar” por buscar a “alma
gêmea” por afinidade ou diferenciação, pois opostos e/ou iguais se atraem. Tive um professor de Patologia Psicanalítica
que dizia que nossas doenças é que se casam. Formamos pares complementares. Aliás, experimenta por duas laranjas no
liquidificador e depois tente separá-las... Quanta mistura e fusão há na vida conjugal
de muitos com jogos de dependência e poder que fatalmente levam às tragédias
anunciadas.
Assumamos novas práticas verdadeiramente
amorosas e transformemos afetos, nas quais prevaleçam o autocuidado e autorespeito
em relação a nossos desejos e direitos e também às necessidades, desejos, fantasias,
interesses do outro. Que haja diálogo, acordo, relativa autonomia, fertilidade,
prazer e real projeto de vida em comum.
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